Poema preguiçoso...
que eu tiro no sofá!
Passeia em meu corpo de preguiça,
respinga versos em meu dorso suado
e saltita na ponta de meus dedos,
sem medo,mas...
sem medo,mas...
que de dormir estão cansados
a procura da rima que não tem,
que não vem!
Poema de preguiça,
poema preguiçoso!
Passeia em minha pele
e escorre sempre em meu corpo!
poema preguiçoso!
Passeia em minha pele
e escorre sempre em meu corpo!
não tem méritos,
não tem cobiça,
mas tem preguiça...
Não quer papel de destaque
nos livros de alguma estante,
não quer romper-se em lágrimas
nas histórias dos amantes...
Quer ser o que simplesmente é,
preguiça pura, na existência
de ter sido criado em uma hora que eu
estava a cochilar ,
na sala , no sofá,
pensando em nada e vivendo o ócio
do qual as vezes sou sócio!
Numa tarde de outono...
tarde quente , sem dono!
Por isso fez-se assim,
meio rançoso e inescrupuloso
em dizer-se preguiçoso!
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